Equipamentos de Proteção Individual e sua escolha
Ainda que o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) seja um assunto corriqueiro, existem situações que merecem comentários.
É uma obviedade falar sobre a responsabilidade do empregador, que deve fornecer o EPI e do trabalhador que deve utilizá-lo, mas dentro desta obviedade, há detalhes que passam despercebidos em grande parte das empresas.
Como por exemplo, o uso de equipamentos impróprios ou insuficientes para proteção dos trabalhadores dos riscos existentes ou estoques muito grandes que fazem com que o EPI perca sua eficácia pelo tempo e condições de armazenamento.
Podemos ainda relatar os problemas da guarda dos EPI no ambiente laboral, muitas vezes deixado em alguma prateleira poeirenta ou em um armário úmido e sem ventilação do vestiário, podendo causar contaminações variadas como otites e dermatites.
A escolha do equipamento de proteção deve ser precedida de uma análise detalhada não apenas dos riscos existentes nos locais de trabalho, mas principalmente da dinâmica de atuação dos trabalhadores.
Devem ser feitas perguntas como:
Estes riscos estão presentes integralmente na jornada de trabalho?
Quais atividades devem ser exercidas pelo trabalhador e como o uso pode interferir no seu trabalho?
Onde o funcionário irá guardar estes EPI quando não estiver em uso?
Há uma infraestrutura para guarda de maneira higiênica que não origine outros danos à saúde pela manipulação incorreta?
Todos os fatores de realização do trabalho devem ser analisados de maneira a fazer um planejamento completo da atividade, incluindo riscos físicos, químicos, biológicos, de acidentes e, não menos importantes, os riscos ergonômicos. E sabemos que estes últimos nunca são considerados na escolha dos equipamentos de proteção.
Grande parte dos problemas que algumas empresas sofrem com irregularidade no uso dos EPI tem como causa primordial a desconexão entre a atividade, o trabalhador e a proteção necessária. A simples prescrição de um equipamento de proteção baseada apenas nos riscos físicos, químicos, biológicos e de acidentes, não é suficiente para proteger o trabalhador. A escolha dos equipamentos de proteção deve estar contida em uma análise mais ampla, de gestão de segurança do trabalhador.
Como fazer isso? É necessário trabalho em equipe e competência técnica para um estudo que vá além dos riscos óbvios.
Quer fazer uma gestão de riscos adequada para sua empresa, com maior efetividade no uso dos investimentos em proteção? Consulte-nos!