Incômodo para vizinhança por ruído e vibração: vale a pena medir?
Frequentemente vemos licenças emitidas pela Cetesb solicitando monitoramento dos níveis de ruído e vibração de solo para verificar o impacto que as operações podem causar no conforto da comunidade vizinha.
Como resultado deste trabalho, temos um registro das condições nas quais a empresa opera, de acordo com o planejamento da campanha que deve considerar pontos e horários diversos, em função do potencial de incômodo à população.
O relatório de monitoramento demonstra se há necessidade de ajustes para reduzir a interferência junto à vizinhança ou, se todos os limites legais estiverem sendo cumpridos, permanece como um registro para consultas futuras.
Não é um serviço muito frequente, mas há empresas que investem neste, seja por exigência legal ou por preocupação legítima com a continuidade do negócio.
Até que dia destes alguém alegou que era desnecessário fazer tal medição mesmo que solicitada em licença, afinal, ninguém vai até a empresa para conferir se o monitoramento existe ou não.
Este tipo de declaração sempre causa aflição. Significa que nossa sociedade ainda não aprendeu os princípios básicos da responsabilidade e da precaução.
Se a empresa é geradora de impactos para a vizinhança deve usar todas as ferramentas técnicas e de gestão para reduzir estes impactos, sejam eles ruído, vibração ou quaisquer outros, haja ou não fiscalização. É uma questão de princípios e valores.
Além da questão dos princípios, é uma questão legal. Existe responsabilidade civil e eventualmente criminal em caso de geração de impactos, e a ausência de registros que comprovem a inexistência destes impactos é praticamente uma assinatura de culpa, esteja a empresa cumprindo ou não os limites legais.
Mas se os impactos existem a empresa toma conhecimento e adota as ações necessárias para reduzir os riscos, antes que tomem uma proporção maior e se transformem em conflitos ou multas, reduz significativamente seus problemas.
Gestores, vamos parar de agir a reboque de reclamações, inspeções e ameaças de multas, sejamos proativos. Com certeza no final o resultado para a empresa será melhor, financeiramente, tecnicamente e sob o ponto de vista da responsabilidade socioambiental.
Quer saber se você está cumprindo os limites legais, com ou sem exigência do órgão ambiental? Consulte-nos!